A VIDA É O TREM QUE PASSA
Marillena S. Ribeiro
A vida é o trem que passa
Os sonhos são vagões
O amor é o maquinista
Somos nós, a estação!
Adquira seu bilhete, faça sua escolha
O trem vai seguindo continuadamente
Em cada vagão, o desejo de sua mente
...há também tristezas, desilusões
Com a passagem na mão, escolha!
A viagem, se longa não sabemos
A bagagem é cada dia vivenciada
Mudar o rumo, podemos
Sem mesmo saber da parada
A estação nunca pode estar vazia
Será sempre um passeio viver
Se sentar na janela, aprecie
Tudo é passagem, algo pode reter
Cada dia que passa é contagem regressiva
Viaje como se cada instante fosse único
Cada olhar como se fosse o último
Respire fundo, o caminho é longo
Encontrará adversidades
...tristezas
...saudades
...abismos
...retas
.curvas
inúmeras serão as vezes
que não veremos o que há além da curva
Mas o percurso seguirá sonhando
A vida é uma viagem
Somos mutantes
Somos passageiros
Somos nuvens
CARTA AOS JOVENS
A Juventude é o amanhã da vida.
Não é um capítulo separado do restante da existência, nem é um prefácio de um livro.
É a premissa de tudo.
É a semente de onde brota tudo.
É o alicerce sobre o qual deve apoiar-se o grande edifício da vida.
São vocês mesmos, jovens, que estão preparando suas vidas para o amanhã.
Se a meia noite vocês olharem o nascente, porque de lá vem a luz, vocês olharão por muito tempo e poderão até pensar que é inútil.
Mas se continuarem insistindo e olharem uma segunda, uma terceira vez, vocês irão divisar um raio de luz na alvorada.
E todo panorama circundante se iluminará.
Duas coisas foram necessárias:
A perseverança em olhar e a existência da luz.
Para todas as grandes coisas exigem-se lutas penosas
E um preço muito alto.
A única derrota da vida é a fuga diante das dificuldades.
Um homem que morre lutando é um vencedor.
Padre Tiago Albuquerque
"Viver não dói" ou "As possibilidades perdidas"
Martha Medeiros
Fiquei sabendo que um poeta mineiro que eu não conhecia, chamado Emilio Moura, teria completado 100 anos neste mês de agosto, caso vivo fosse. Era amigo de outro grande poeta, Drummond. Chegaram a mim alguns versos dele, e um em especial me chamou a atenção: "Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive".
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.
Autoria desvendada pelo blog: "O Autor Desconhecido".
Esse texto NÃO É de Carlos Drummond de Andrade
VIVA COMO UM CÃO
Nunca deixe passar a oportunidade de sair para um passeio.
Experimente a sensação do ar fresco e do vento na sua face por puro prazer.
Quando alguém que você ama se aproxima, corra para saudá-lo.
Quando houver necessidade, pratique a obediência.
Deixe os outros saberem quando invadirem o seu território.
Sempre que puder, tire uma soneca e se espreguice antes de se levantar.
Corra, pule e brinque diariamente.
Coma com gosto e entusiasmo, pare quando estiver satisfeito.
Seja sempre leal.
Nunca finja ser o que você não é.
Se o que você deseja está enterrado, cave até encontrar.
Quando alguém estiver passando por um mal dia, fique em silêncio, sente-se próximo e gentilmente tente agradá-lo.
Quando chamar a atenção, deixe alguém tocá-lo.
Evite morder quando apenas um rosnado resolver.
Nos dias mornos, deite-se de costa sobre a grama.
Nos dias quentes, beba muita água e descanse embaixo de uma árvore frondosa.
Quando estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
Não importa quantas vezes for censurado, não assuma a culpa que não tiver e não fique amuado... corra imediatamente para os seus amigos.
Alegre-se com o simples prazer de uma caminhada.
Se o seu problema tem solução, então não há com o que se preocupar. E se o seu problema não tem solução, toda preocupação será em vão. (Provérbio Tibetano)
São João de Meriti, 17 de fevereiro de 2011
CONVITE À REFLEXÃO SOBRE VIOLÊNCIA
Afinal,onde está a violência? A violência está nas ruas? Nos morros?Nas manchetes de jornais? A violência está nas casas? Nas escolas? No trânsito? Nas empresas? Reclamamos do governo, das autoridades, mas será que temos algo a ver com isso? Como um agressor é produzido? Será que ele foi um menor abandonado? Um menino de rua? Será que ele veio de uma família com má formação,desestruturada,que não teve chances ou oportunidades na vida? De um lar desfeito, vítima de abusos, maus tratos, agressões? Ou será que ele veio de um lar com todo o conforto,e que teve muitas oportunidades? Qual seria a causa?O que afinal “produz” o agressor?
Como nós, enquanto cidadãos e educadores,podemos contribuir para “produzir” pessoas de bem? Criar uma Sociedade mais humana,justa e fraterna?
Crianças e adolescentes precisam de limites,como também precisam de colo,ouvido,ombro amigo e principalmente,de exemplos. Nas instituições como a escola,existem punições.Na Sociedade também se fala muito em limites,porém pouco é dito sobre ética e justiça. E a instituição família?Como poderia contribuir para formar esses cidadãos? Vivemos em um sistema.Como parte dele,qual seria a nossa parcela de contribuição?
Punir,punir,punir!
Limite é sinônimo de punição? E nossos próprios limites, como andam?
Punir significa gritar,bater,agredir? Jovens precisam seguir posturas,atitudes e exemplos positivos. Que exemplos estamos dando a esses jovens?
Em uma Sociedade capitalista como a nossa,onde o mais importante é o “ter” do que o “ser”,não é nenhuma surpresa que uma prostituta,um índio,um mendigo,uma criança ou uma empregada doméstica sofram preconceito, discriminação, ataques,agressões verbais e físicas.
Será que em algum momento,nós adultos,influenciamos ou até mesmo apoiamos esse tipo de comportamento? Eu posso tudo porque tenho e tenho tudo o que quero porque posso. Quantas vezes esse comportamento no jovem é reforçado pelos adultos? Somos todos consumistas. Estamos sempre freneticamente “correndo atrás” de aparelhos de televisão,celulares,roupas,jóias,viagens,carros,casas,etc.
Precisamos dar o melhor para os nossos filhos. O que é o melhor?
Que qualidade de vida é essa? A desigualdade social aumenta dia após dia e faz com que saiamos na rua com carros blindados, contratemos seguranças nos condomínios,com medo de tudo e de todos.
Estamos “abrindo mão” da nossa própria AUTORIDADE e criando futuros DONOS DO MUNDO, esquecendo-nos que as nossas casas,os nossos lares,fazem parte desse mundo. Estamos sendo omissos e permissivos quando podemos ser comprometidos com o processo de mudança
ao menos em nossas relações familiares. Educação com informação,diálogo,respeito,ética,postura e atitudes positivas e construtivas.
Vivemos em um sistema onde somente é valorizado aquele que tem beleza,fama,sucesso,riqueza ou poder. Desde que o mundo é mundo,as guerras acontecem. Pessoas inocentes morrem e o ideal é sempre o mesmo:dinheiro,terras,cobiça,poder.
Muito se fala em Jesus e em seu nome.
Ele deu um exemplo concreto de respeito,de ética,de perdão e de verdadeiro amor ao próximo.
Quase 2007 anos se passaram...
Se o temos como um pai verdadeiro,seguindo seu exemplo de filho,de irmão, já passou da hora de resgatarmos solidariedade,fraternidade e fé.
Precisamos primeiramente aprender o significado desses valores para depois então ensinar aos nossos filhos,amigos, vizinhos, e até mesmo pessoas que não temos muita afinidade.
Afinal,o que estamos esperando?
Vamos partir para a ação imediatamente!
Mônica Nascimento
SOPE - Serviço de Orientação de Psicologia Escolar